quarta-feira, 17 de março de 2010

…Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos…

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Ainda que eu falasse as línguas de todos os homens e me comunicasse com os anjos em suas próprias línguas, mas se não tivesse amor em meu ser, ainda assim eu me faria ser ouvido diante de Deus como uma lata sendo batida ou como um sino repicando doloridamente nos ouvidos divinos.

Mesmo que eu tivesse poder de profetizar sempre, e fosse capaz de conhecer todos os mistérios da existência, e cumulasse em mim toda ciência e saber...e ainda acrescentasse a tais dons a força de uma fé que exercesse autoridade de transportar montes, mas se eu não tivesse amor, nada seria verdadeiro para mim, e menos ainda para Deus.

Se possuído de toda disposição social eu distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres da terra, e mesmo que decidisse entregar o meu corpo para ser queimado em holocausto ou martírio pela defesa do que é bom, e, ainda assim, não fosse por amor, nada disso me aproveitaria aos olhos de Deus.

O amor é capaz de suportar toda dor e não deixar de ser benigno.

O amor não conhece a inveja.

O amor não se vangloria de si mesmo e não se ensoberbece com nada.

O amor é sempre próprio, por isto jamais se porta inconvenientemente.

O amor nunca busca primeiro os seus próprios interesses.

O amor não se irrita injustamente.

O amor nunca espera o pior dos outros homens.

O amor não se regozija com a injustiça, mas se alegra com a vitória da  verdade.

O amor é forte, por isso, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.

O amor jamais acaba...

Profecias, todavia, perderão um dia a sua utilidade.

As línguas cessarão, pois, a comunicação do amor prescinde línguas.

E toda a ciência desaparecerá, porque chamamos de ciência à nossa própria ignorância—em parte conhecemos, e em parte profetizamos!—mas, quando as limitações do tempo e do espaço derem lugar ao que é perfeito, então, todas essas coisas que tem sua utilidade no tempo e na história humana, serão aniquiladas, pois, não se farão mais necessárias.

Nós somos crianças no discernimento de que no amor reside todo o bem.

Sim, ainda somos como crianças.

Quando eu era menino, pensava como menino, sentia com imaturidade e tinha valores infantís.

Foi apenas quando eu me tornei um homem que deixei de lado aquilo que me era tão importante quando eu ainda somente um menino.

Assim também é conosco enquanto estamos aqui, nas limitações deste corpo de morte—nossa infância do ser!

Porque agora vemos apenas sombras e projeções opacas, e enxergamos apenas em enigma. Mas quando nossa idade adulta no amor de Deus acontecer, então, já não estaremos sujeitos à interpretação de enigmas.

Naquele dia veremos tudo face a face!

Agora conheço apenas em parte...
Haverá o dia, entretanto, quando conhecerei tudo em plenitude...assim como também sou plenamente conhecido por Deus.

Mesmo ainda vivendo em relatividade, devemos saber que a busca das melhores virtudes não está adiada para a eternidade.
Começa aqui.

Assim, saiba que agora permanecem a fé, a esperança, o amor!

Sim, estes três estão em plena vigência.

O maior destes, todavia, é e sempre será o amor!

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