quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Pai o Aceitou.

 

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (João 5.39.) A vida eterna a que Jesus se refere não é quantidade de vida, mas qualidade de vida, sem feridas ou traumas. O Senhor Jesus disse: “[...] eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10.10.) Eu quero “plantar” no seu coração algo e você nunca poderá esquecer desta verdade: não temos que caminhar por aquilo que sentimos, por aquilo que as pessoas dizem a nosso respeito, e nem dar ouvidos às mentiras de Satanás e seus demônios, mas única e exclusivamente sob a Palavra de Deus e do que ela diz a nosso respeito. Temos de estar convictos acerca da nossa identidade em Cristo Jesus. Uma coisa é termos a identidade e outra é assumirmos a posição que a identidade nos dá.

Todos conhecem a história do príncipe que virou mendigo. A identidade dele era a de príncipe, mas a posição dele era de mendigo. Isto quer dizer que a pessoa pode ter a identidade de príncipe e viver como mendigo. O que acontece? Ele não desfruta da sua identidade. São duas realidades completamente distintas, porque a simples identidade, por si só, não leva a pessoa a viver a posição. A mesma situação na história do filho pródigo (Lucas 15.11).

Quando, digamos assim, o filho mais abusado volta e o pai celebra uma festa, há muita alegria, e quando o irmão mais velho, voltando do campo, ouve o som da música e percebe que alguma coisa está acontecendo, ele pergunta: “O quê está havendo?” E dizem para ele: “Teu irmão voltou”. Esse texto trata de identidade. O moço, a ouvir a resposta de que seu irmão voltara após tanto tempo fora de casa, ele fica do lado de fora e diz: “Aquele indigno voltou e meu pai está dando uma festa para ele? Eu não vou entrar”. E o filho volta para o pai e diz: “Meu pai, há tantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me deu um cabritinho sequer para eu me alegrar com os meus amigos”. Ou seja, o moço tinha a identidade correta, mas a posição dele não era a posição de filho, mas de servo, de escravo, porque assim se via, mesmo sendo filho. Eis sua identidade de servo: “Há tantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me deu um cabritinho sequer para eu me alegrar com os meus amigos”. O pai retruca, na intenção de reafirmar a identidade do filho: “Filho, tudo o que eu tenho é teu”.

Aquele moço tinha a identidade de filho, mas ele não desfrutava dessa posição e por isto vivia na casa e não via o pai como pai, mas como patrão, como um líder, como aquele que dava ordens. Ele não desfrutava da posição de filho. Pura falta de conhecimento. Naquele instante, o pai disse: “Meu filho, tudo o que eu tenho é teu”.

Para as feridas da alma, “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Salmo 19.7). A primeira coisa que nós temos que guardar, imprimir em nossa alma, é exatamente o conhecimento sobre quem somos em Cristo. Quem eu sou em Cristo?

Declare que você é aceito pelo Pai e não um rejeitado.

O Pai o aceitou não pelos méritos ou pelas virtudes que você possui, Ele o aceitou pela sua graça absoluta.

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