segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

“A Dor da Perda”

 

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Chega a ser lamentável, mas por diversas circunstâncias, sempre estamos sujeitos a perdas de diversos tipos, que podem ser perdas materiais, que sempre nos causam prejuízos, e estes, por vezes são irrecuperáveis, causados seja por desastres, por assaltos, ou mero acidentes, enfim coisas que todos conhecemos e a que todos estamos sujeitos, e que independem de nossa vontade. É verdade que estas perdas sempre poderão ser recuperadas de uma forma ou outra. Por exemplo, se tivemos o cuidado de fazer um seguro.

Existem, contudo, algumas que mesmo materiais serão irrecuperáveis, quando por condições financeiras não pudermos repor o bem que nos foi subtraído, e se não tivemos o cuidado de fazer um seguro. Ou então o conteúdo de um HD queimado ou atacado por vírus, se seu conteúdo não tiver sido salvo. Aí, nesse caso, somente nos restará lamentar nosso azar, ou nossa imprevidência, por não termos tomado os devidos cuidados preventivos.

Contudo, as perdas que podem efetivamente ser consideradas como irrecuperáveis, são quando a fatalidade nos leva algum ente querido. Nesse caso, nada poderá nos servir como reparação, pois embora possamos encontrar consolo para a perda sofrida, nunca a poderemos recuperar.

Poderá mesmo haver eventualmente uma substituição, mas não será jamais a mesma coisa. A perda de um ente querido deixa marcas perenes.

Existem aquelas perdas que podem ser as chamadas naturais, quando se observa a lei natural da vida, ou seja, os mais velhos partindo primeiro. Muitas vezes é triste ou difícil para se aceitar, mas sempre poderá haver um certo consolo, principalmente se a perda tiver sido causada pelas chamadas causas naturais, inerentes à idade.

Contudo, as perdas que mais dificilmente são aceitas, é quando a ordem natural da vida é quebrada, e os filhos partem antes dos pais. Nesse caso, a dor sempre será intensa, e muito difícil será aceitar a perda sofrida, embora não nos reste outro remédio, que não seja a conformação, mas muitas vezes ficamos completamente perdidos, sem conseguir encontrar consolo, fazendo-nos a fatal pergunta: Por que conosco? Essa pergunta jamais terá resposta. Jamais conseguiremos saber o real motivo porque perdemos “nossa criança”. Poderemos lembrar que “se não tivesse saído naquela noite,se tivesse se alimentado melhor,se tivesse mantido a calma, se não gostasse tanto do perigo, se não tivesse isto ou aquilo”. São realmente muitos “ses” a serem questionados, e na realidade nenhum deles poderá jamais ser respondido. Aconteceu, e pronto. Por mais que nos doa, temos que aceitar.

Temos que pensar que se perdemos um certo alguém, não podemos nos esquecer de que ainda temos outros a quem dar atenção, de quem precisamos cuidar.

Muitas vezes, quando a fatalidade nos leva um filho, deixamo-nos levar pelo desespero e pela inconformação, e chegamos a nos desinteressar pela vida. Não podemos nos esquecer de que a vida continua, que existem outras pessoas que nos amam, e querem nos ver vivendo a vida, ou que dependem de nossos cuidados, de nossa atenção.

E se o destino nos levou alguém, precisamos pensar nos que ficaram. E que nós mesmos ainda estamos aqui, e precisamos viver. E o desespero nada resolve. Temos que renovar o amor por nós mesmos para começar, e assim espalhar nosso amor.

Pode-se dizer que é muito fácil de falar, mas difícil de fazer, pois se nossa alma chora pela perda sofrida, como ensinar para a cabeça que ela precisa se conformar?

Certamente será complicado conseguir aceitar o fato. Apenas precisamos nos conscientizar de que quem se foi, não voltará, e quem ainda ficou precisa viver.

O melhor caminho para amenizar a saudade que nos atormenta, será evidentemente sempre procurarpensar no futuro e que Deus nos recompensará. Sem dúvida é essa a melhor maneira de superar essa crise, pois muitas vezes ao invés de lágrimas, poderá nos trazer um sorriso, ainda que triste, aos lábios.

Precisamos jamais nos esquecer de que precisamos sempre buscar soluções, ao invés de apenas tentar descobrir as causas. Precisamos saber como superar as dores, e sempre procurar algo que as arrefeça. Assim, estaremos capacitados para conviver com nossas dores, fazendo delas um motivo para viver, e não para deixar de viver.
Para não perder jamais a alegria de viver, por mais triste que a vida nos pareça ser.

E que essa vida seja tudo que percamos,porque só Deus sabe a dor que causa.

by Erivania Marthins

11/11/2009 - 16/01/2010

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