Helen Keller
Helen Keller nasceu em 27 de junho de 1880, em Tuscumbia, no Estado do Alabama, Estados Unidos.
Com apenas um ano de idade uma escarlatina deixou-a totalmente cega e surda.
Helen cresceu num universo escuro e silencioso, porém, em 1887, sua vida ganhou um grande sopro de esperança com a chegada de Anne Sullivan, uma irlandesa de 21 anos de idade, ex-cega e recém-formada pela Escola de Cegos Perkins, em Boston, e que aceitou o desafio de educá-la.
Durante um mês, Anne Sullivan ensinou Helen a soletrar palavras com os dedos de uma mão, enquanto tocava um objeto com a outra. Helen aprendeu, porém, não sabia que estava formando palavras, pois, naquele momento, não sabia que elas existiam.
Certa vez, Anne mergulhou a mão esquerda de Hellen num balde d’água e soletrou “água”, com a outra mão. Repetiu várias vezes a operação e o milagre aconteceu: Helen entendeu que “água” era o nome do líquido que sentia pelo tato. Até o fim daquele dia, aprendeu mais trinta palavras, e em pouco tempo dominou o alfabeto Braille, demonstrando incrível facilidade em ler e escrever.
Aos dez anos aprendeu a falar, e se propôs a cursar a faculdade. Em 1904, com vinte e quatro anos, formou-se com louvor, sendo a primeira cega e surda a completar um curso universitário.
Tornou-se escritora, conferencista e ativista social, dedicando toda a sua vida aos direitos das mulheres, pobres e deficientes.
Certamente sua história de vida a transformou em um dos maiores exemplos para a humanidade, de que as deficiências físicas não são obstáculos para se obter sucesso. Mostrou isso superando todas as barreiras de sua vida, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do século XX.
Ela sempre dizia que “nunca se devia engatinhar, quando o nosso impulso era voar”.
Morreu no dia primeiro de junho de 1968, em Arcan Ridge, no Estado norte-americano de Connecticut
Irmã Dulce
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nome de batismo de Irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, na Bahia.
Aos 13 anos, já havia transformado a casa da família, num centro de atendimento a pessoas carentes, manifestando nessa época o desejo de se dedicar à vida religiosa, principalmente, após visitar com uma tia, áreas muito carentes da cidade de Salvador.
Em 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, era ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Porém, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres, e desta forma, pouco tempo depois, já estava dando assistência às comunidades carentes de Alagados e Itapagipe, também na Cidade Baixa, e aonde futuramente, viriam a se concentrar as principais atividades de suas obras sociais.
Em 1939, invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares, até, por fim, instalá-los no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue, dando origem ao Hospital Santo Antonio, centro de um complexo médico, social e educacional, aberto aos pobres da Bahia e de todo o Brasil.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, em Salvador, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários e presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé.
Louis Braille
Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, em Coupvray, na França.
Aos três anos, perdeu a visão devido a um incidente na oficina do pai, porém, mesmo cego, aprendeu a ajudar o pai na oficina e freqüentava as aulas regularmente.
Um dia, seu professor comentou sobre uma escola em Paris, que tinha livros especiais para cegos. Logo ao chegar, definiu o sistema de aprendizado como limitado. Constituído por letras grandes em relevo, os estudantes sentiam pelo tato as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. As letras eram tão grandes que um simples livro chegava a pesar cem quilos.
Meses mais tarde, ouviu falar de um capitão do exército, que havia desenvolvido um método para ler mensagens no escuro, e que consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel, viu imediatamente as possibilidades da idéia. Começou a trabalhar, noite após noite, fazendo adaptações e aperfeiçoamentos, pois, sabia que a idéia era fundamental, mas o código de traços e pontos precisava ser mais trabalhado para ter real utilidade para os cegos.
Enfrentou desconfianças e invejas no desenvolvimento de sua escrita, e foi proibido de desenvolver o sistema no instituto onde estudava, com a argumentação de que uma escrita específica para cegos ia segregá-los ainda mais da sociedade.
Já como professor, ensinava a ler pelo método de letras grandes no instituto e à noite continuava a aperfeiçoar o novo sistema.
Em 1829, chegou a um alfabeto legível, com combinações variadas de um a seis pontos. A notícia correu e alunos iam secretamente ao seu quarto à noite, para aprender o novo método.
Ele continuava aprimorando sua invenção, esperando que um dia os cegos do mundo inteiro aprendessem a ler e a escrever como ele. Transcrevia novos livros e ensinava a leitura a quantos se interessassem. Ao fim de tantos dias e noites de trabalho incessantes, sua saúde se comprometeu, e ele temia que seu método morresse com ele. Entretanto, a idéia encontrou rápida aceitação, e parte da Europa já reconhecia a importância de seu método.
Braille morreu no dia 6 de janeiro de 1852, em Paris, aos 43 anos de idade.
Madre Teresa
A pequena Agnes Gonxha Bojaxhiu - nome de batismo de Madre Teresa - nasceu em Skoplje, na Albânia, em 26 de agosto de 1910. Aos dezoito anos, já como missionária, mudou-se para Rathfarnham, na Irlanda, onde ficava a Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto. No entanto, o seu sonho era a Índia e o trabalho junto aos pobres.
Foi enviada para Darjeeling, na Índia, local onde as Irmãs de Loreto possuíam um colégio, e embora cercada de meninas, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: os bairros de lata com cheiros nauseabundos, crianças, mulheres e velhos famélicos.
Deixou o colégio em 1948, e iniciou o seu trabalho juntos as comunidades mais pobres de Calcutá. Reuniu um grupo de cinco crianças, num bairro imundo e começou a dar aulas. Pouco a pouco, o grupo foi aumentando. Dez dias depois, já eram cerca de cinqüenta crianças. Junto com o alfabeto ensinava lições de higiene e moral.
Certo dia dava voltas e mais voltas junto a seus pobres, à procura de uma casa, um teto para acolher os abandonados. Caminhou ininterruptamente por horas, até que já não podia mais. Então, compreendeu até que ponto de esgotamento tem que chegar os verdadeiros pobres, em busca de um pouco de alimento, abrigo, remédio ou esperança.
Em 1949, com o auxilio de algumas de suas ex-alunas, iniciou uma pequena comunidade, que viria a se chamar “Missionárias da Caridade”.
Abriu escolas, lares, albergues, e principalmente, continuou o trabalho com doentes e moribundos, recolhidos nas ruas. Posteriormente, em 1952, abriu o primeiro lar infantil e expandiu seu trabalho pela Índia e por todo o mundo. Criou também a “Casa do Moribundo”, a qual dedicou suas melhores energias físicas e espirituais.
Nas décadas de 60 e 70 abriu dezenas de casas por todas as regiões do mundo: Ceilão, Bangladesh, Ilhas Maurício, Peru, México, Guatemala, Cuba, dentre outros.
Pelo seu trabalho maravilhoso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 15 de outubro de 1979.
Morreu em 05 de setembro de 1997, em Calcutá, vitima de uma parada cardíaca.
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